O exercício físico é muito benéfico para o ser humano. Nossa constituição fisiológica foi aperfeiçoada ao longo de muitas gerações sobre o fundamento da necessidade de mobilidade.
O mito de que o exercício físico poderia ser prejudicial na gravidez, já caiu por terra cientificamente a muito tempo. Porém muitas pessoas ainda se perdem, erroneamente à cultura e crenças do passado, onde ficar grávida era praticamente motivo de invalidez da mulher.
Por diversos parâmetros, que trazem benefícios mútuos tanto para mãe quanto para o bebê, o exercício físico na gestação é tido hoje pelos principais Institutos de pesquisa do mundo, como indicação primária de conduta na gravidez, objetivando a saúde materna e do bebê.
Mulheres que já eram fisicamente ativas antes da gestação podem manter a rotina de exercícios. Mulheres que não eram ativas antes da gestação podem iniciar a prática de forma gradual em qualquer momento da gestação.
O trabalho multidisciplinar é fundamental para o sucesso de uma gestação. Todos os profissionais de saúde que prestam assistência durante a gestação devem estar familiarizados com as contraindicações, sinais e sintomas que sugerem que a rotina de exercícios seja modificada ou interrompida. O apoio da família e amigos é fundamental para que mulheres possam praticar exercícios durante a gestação.
Segundo a Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, em seu Guia de Atividade Física para a População Brasileira, menos de 20% das gestantes se exercitam de forma regular, dentro das recomendações mínimas estabelecidas pelos principais Institutos de pesquisa relacionados ao assunto.
Este é um número extremamente preocupante, pois se associado ao perfil das mulheres no padrão físico de como elas já engravidam, podemos perceber como o estilo de vida sedentário da população influencia toda uma geração.
Moyet et. al 2015, correlacionou fortemente o sobrepeso e obesidade gestacional com os mesmos marcadores pós-parto, corroborando como Bouchard 2003, que relata que 73% das mulheres que retiveram mais de 10% no período gestacional se tornaram obesas.
De modo geral, há evidências de qualidade alta mostrando que a prática de exercício físico durante a gestação diminui o risco de ganho de peso excessivo e o desenvolvimento de hipertensão gestacional. Existem evidências sugerindo que a prática de exercícios durante a gestação diminui o risco de diabetes gestacional.
Gestantes que fazem exercícios para o assoalho pélvico durante e após a gestação com auxílio de profissionais de saúde tem menos riscos de desenvolver incontinência urinária.
Para atingir os efeitos positivos do exercício na saúde da mulher, as gestantes devem ser incentivadas a realizar pelo menos 150 minutos por semana de exercícios físicos. Maiores volumes semanais podem resultar em maiores benefícios.
Participação regular em atividade física durante a gestação ajuda a manter ou aumentar a aptidão cardiorrespiratória. A prática de exercício aeróbico regular em mulheres que amamentam melhora a aptidão cardiorrespiratória materna sem afetar a produção e a composição do leite
Participação regular em atividade física durante a gestação ajuda a manter ou reduz o ganho de peso excessivo.
Prática regular de exercícios durante a gestação reduz o risco de diabetes gestacional.
Prática regular de exercícios durante a gestação reduz o risco de hipertensão gestacional.
Prática regular de exercícios durante a gestação reduz o risco de pré-eclâmpsia.
Exercícios específicos para estabilização e fortalecimento dos músculos glúteos, extensores e abdutores do quadril, bem como a educação das gestantes sobre a importância de exercícios e alongamentos seguros, podem ajudar a atenuar a gravidade dos sintomas de dor lombar e pélvica.
Prática regular de exercícios para o assoalho pélvico reduz o risco e sintomas de incontinência urinária durante a gestação, ou no pós-parto. Gestantes devem fazer exercícios para os músculos do assoalho pélvico durante e após a gestação com auxílio de profissionais de saúde.
A prática regular de exercícios durante a gestação reduz o risco e os sintomas de depressão.
Autor: Prof. Alexandre Santana Cref: 015912-G/BA
Revisão: Coord. Mateus Riccio
